quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Na dúvida, sempre o básico!


Você com certeza já se deparou com alguém lhe falando que as idéias mais simples são as que mais deram certo, ou ainda que o mundo está muito complicado, ou algo do tipo.

Pensando nisso e impulsionada por algumas situações ultimamente recorrentes no meu dia-a-dia, comecei a observar ao meu redor se realmente temos a "mania" de complicarmos aquilo que pode ser muito simples.

Comecei pelo trabalho: Sim, na grande maioria das vezes fazemos isso. Porém fiquei em dúvida se isso não era intrínseco de um ambiente técnico, sei lá... Passei então a observar outros ambientes e situações: em casa, com os amigos, na escola da minha filha, família (sempre complexo), enfim... tudo o que cerca a todos nós durante toda a nossa vida. Resultado: de novo, tendemos sempre a complicar. EM TUDO!

Então, (e sendo bem matemática, racional nessa análise) não é uma questão de ambiente, e sim de comportamento! Isso me intrigou bastante!!! Fiquei um pouco receosa com essa minha conclusão. Pensa comigo: se fosse algo de ambiente, seria mais fácil descomplicar, mas comportamento... aí o bicho pega!

Guardei isso para mim. Fiquei com essa "informação" remoendo na minha cabeça por um tempo, amadurecendo mesmo, numa tentativa inconsciente de fazer a prova dos 9 do que eu havia concluído sozinha "cá com os meus botões".

Eis que em um fim de semana extremamente cultural na praia em companhia de pessoas maravilhosas esse mesmo tema apareceu na roda. Mascarado com outro nome e em outro contexto, mas sim... era o simples, o básico... ou a falta dele no nosso dia-a-dia.

Para não entrar muito em detalhes, vi ali na conversa que consciente ou inconscientemente as pessoas sentiram o mesmo que eu: "Para quê complicar?" Foi muito interessante, pois entramos até em uma discussão social. Nos perguntamos se hoje somos cobrados de dar soluções rebuscadas ou cheias de detalhes e preciosismos por que estamos vivenciando uma era tecnológica onde tudo é rápido e para sermos mais rápidos ainda pegamos uma reposta e nos esquecemos da pergunta por trás dela. O mais legal ainda é que vivenciamos os resultados desse comportamento complicador em todos os setores das nossas vidas: não sabemos as origens de nossas próprias inquietudes! Não sabemos nem contra-argumentar aquilo que nos desagrada. Enfim...

Para instigar ainda mais essa questão na minha mente, vi estampado em uma capa de revista a questão do perfeccionismo. Humm....Comprei a revista né? claro! Sempre fui dita como uma perfeccionista nata!
A reportagem começa falando de algo muito sério. A idealização do perfeito e o principal efeito dele: a frustação! E isso é totalmente ligado ao ser/fazer o simples ou não. Se idealizamos algo perfeito muito difícil de se atingir (o que é quase que 100% dos casos), faltamente estamos nos esquecendo do simples, do básico, mas que nem por ser simples e básico são menos interessantes! Na realidade o que estamos fazendo é ocupando a nossa mente com algo que provavelmente não trará grandes resultados, pois como a reportagem cita, sempre elevaremos o nosso requisito do que é ser perfeito (ou simples). Resultado: ansiedade, irritação, descontentamento, etc, etc, etc... (Para quem quiser ler a reportagem: http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/095/grandes_temas/mania-perfeccionismo-578428.shtml)

O engraçado é que sempre nos lembramos do básico para as coisas mais fúteis: Quem não se lembra daquele vestidinho pretinho simples e básico esquecido no armário num momento de desespero e dúvida onde a pergunta é "Com que roupa eu vou?"

Vamos fazer diferente então! Vamos descomplicar pessoal!!! Busque o simples, faça o simples, tente o simples em todos os momentos.... Sejamos felizes!!! Na realidade estaremos assim liberando nós mesmos para aproveitarmos as coisas que realmente dão sentido a nossa vida: as pessoas que amamos, as coisas que gostamos de fazer, os momentos que vivenciamos, amigos, aquele seu hobby há tempos esquecido, nós mesmos... Simples não é?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Primeiro ensaio, primeiro desafio.

Já há um tempo que estou pensando em criar e manter um blog. Um lugar onde eu pudesse simplesmente expressar algumas opiniões, sentimentos e até mesmo desabafar sem necessariamente precisar escutar algo em troca. Sim, pois às vezes sinto que precisamos somente ser escutados, algo assim sem muita troca mesmo, unilateral. Não é sempre, é claro. Mas esses momentos existem, e um blog me pareceu uma ótima maneira de colocar isso em prática.

Ok! Decidi então criar o blog! Fui então acessar o Google, para me dar alguma idéias sobre como fazer isso. Ahhhh, um Google de alternativas... Logo no primeiro passo e já enrosquei. Abri uns dois sites, fiz mais algumas buscas usando palavras-chave diferentes e... nada! Não teve jeito, peguei o meu celular e mandei um sms para o meu irmão, sempre o acessor para assuntos de tecnologia da família: "Qual o site que eu uso para criar um blog?" Logo a resposta toca como sms no meu celular: "Usa o blogger, do Google."

Que ironia! O Google busca, o Google responde, o Google é a resposta e a ferramenta!

Com a resposta de certa forma irônica ao meu alcance, entrei no site, fiz o meu cadastro, li o Termo de Uso, etc etc etc.... Cliquei no "Continue". Ao continuar eis que surge em minha tela uma frase, simples, porém a qual eu não havia nem cogitado a pensar em todo esse meu "plano de blog":
"Digite aqui o nome do seu blog". Brincadeira! Como eu havia pensado em criar um blog mas nem havia pensado nisso?

Enrosquei de novo é claro! "E agora, que nome vou dar para isso?" Mas que coisa né? Pensar em um nome é sempre tão difícil! Me lembrei de como foi escolher o nome da minha filha... Ah não!
Nome para blog deve ser mais fácil, afinal é virtual, não vive por aí andando e falando, não come e nem cresce... (quanta besteira!)

Tentei vários nomes, tinham uns bem legais, mas é claro que o endereço contendo os nomes legais já não mais estavam disponíveis. Contei para o meu irmão, agora falando comigo pelo Google Talk (de novo o Google?).

Falei sobre o blog. De novo uma pergunta como resposta: "Qual o propósito do seu blog?" Falei: "Ah, sei lá, só quero escrever, assim sem muito compromisso, sem precisar ter alguma sugestão, conselho, crítica ou palavra em troca. Sabe quando você só quer ser ouvido?"
Recebi uma resposta: "Sei sim, às vezes faço isso com a Karina. Mas você pode falar comigo quando estiver assim, eu só escutarei". (veio junto com um emoticon sorrindo).
Confesso que gostei da resposta do Erich. Respondi com um "Obrigada, mas de você quero sempre escutar o que tem a me dizer" (com outro emoticon sorrindo).

Ainda estava sem o nome do meu blog. Parei um pouco, conversei com amigos pelo msn, voltei para a busca do nome.
"Que nome???"
Queria um nome simples, uma palavra só, que descrevesse algo, o propósito do meu blog. Já não é mais simples né?

Então, quando estava prestes a desisitir me veio algo na cabeça: Palavra, palavras, soltas, sem rumo, sem direção, a deriva, devaneio! Palavras em devaneio, assim meio sem rumo, sem direção... Não me prenderia a um único assunto ou algo do tipo, me deixaria livre para colocar o que quisesse. Muito bom! Será que ainda está disponível? Rapidamente coloquei o "nome" no espaço vazio da tela, e mandei fazer a busca... Sim, disponível! Uffaaaa... finalmente! Enviei o nome para o meu irmão. "O que você acha?" Resposta positiva! Veio a dúvida, o receio de ser muito sério, sem imaginação...
"Tudo bem! É o meu primeiro blog. Não preciso acertar de primeira. Posso fazer outro se quiser depois."

Feito! Escolhido o nome. Daí por diante foi mais fácil: escolhi o fundo, as letras, as cores e então estou aqui descrevendo essa minha aventura de começar um blog. Deve inclusive estar sendo extremamente chato para quem já é blogueiro ou quem está acostumado com essas coisas. Mas para mim não. Me vi completamente com um projeto que depende de mim, nasceu da minha vontade e se eu não quiser eu também posso deixar por aqui mesmo. Não tenho esse compromisso de escrever sempre. De fato acho que não o farei mesmo. Mas só o fato de ter um espaço para as minhas expressões já é um alívio!

Escrever também não é fácil, ainda mais para mim que tende a misturar os temas e emendar uma coisa na outra... Tudo começa a não ter mais fim! (Paradoxal né?)

Enfim, depois de ao mesmo tempo escrever, pedir a Bia para tomar banho, conversar com a minha mãe, explicar para Bia o que é um blog, explicar a ela o que é devaneio, prometer para a Bia fazer um blog para ela (isso vai ser engraçado), ralhar com a Mel, mudar de lugar na casa para ter mais sossego, secar o cabelo da Bia, etc... termino aqui o meu primeiro ensaio, primeiro desafio, no meu primeiro blog!

Para um blog que começou com o propósito de soltar as palavras sem muito compromisso e sem muita intenção de troca, ele já começou cheio de sugestões, ajudas e interferências. Boas interferências!

Espero que gostem!
Bem vindo ao Palavras em devaneio!